Qual a origem do termo plus size?

Nos últimos anos, temos testemunhado um movimento poderoso em direção à inclusão e à valorização da diversidade em todas as esferas da sociedade. Um aspecto importante desse movimento é a valorização da beleza e da moda em tamanhos maiores, conhecida como plus size. Neste artigo, exploraremos o que é o movimento plus size, o seu significado cultural e social, bem como os desafios enfrentados por pessoas que se identificam como plus size. Além disso, destacaremos a importância da autoaceitação e da quebra de estereótipos na construção de uma sociedade mais inclusiva e saudável.

O significado de Plus Size

O termo “plus size” é usado para descrever pessoas que se encontram acima do tamanho padrão da indústria da moda. Embora não haja uma definição precisa para o termo, geralmente é aplicado a pessoas que usam roupas a partir do tamanho 46 (no Brasil) ou 14 (nos Estados Unidos) e acima. O movimento plus size é mais do que apenas uma descrição de tamanho; ele é uma afirmação de que todas as formas e tamanhos merecem ser celebrados e respeitados.

O impacto cultural e social do movimento Plus Size

O movimento plus size tem desempenhado um papel significativo na mudança dos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade. Ele desafia a ideia de que a beleza está restrita a um único tamanho ou forma corporal. Ao celebrar a diversidade de corpos, o movimento plus size ajuda a promover a autoaceitação e a autoestima positiva.

Além disso, a inclusão do plus size na indústria da moda e da mídia tem influenciado positivamente a percepção do público em geral. Campanhas publicitárias e desfiles de moda apresentando modelos plus size têm se tornado mais comuns, permitindo que pessoas de todos os tamanhos se vejam representadas e se identifiquem.

Desafios enfrentados pelas pessoas Plus Size

Embora o movimento plus size tenha conquistado avanços significativos, ainda há desafios a serem enfrentados pelas pessoas que se identificam como plus size. A gordofobia é uma realidade que muitos enfrentam, manifestando-se na forma de estigma social, discriminação e preconceito.

A falta de opções de moda acessíveis e estilosas em tamanhos maiores também é um desafio enfrentado pelas pessoas plus size. Por muito tempo, a indústria da moda negligenciou esse mercado, limitando as opções disponíveis e reforçando a ideia de que corpos maiores não merecem roupas bonitas e elegantes.

Autoaceitação e quebra de estereótipos

A autoaceitação desempenha um papel crucial no movimento plus size. Trata-se de amar e aceitar o corpo exatamente como ele é, independentemente do tamanho ou da forma. Promover a autoaceitação é fundamental para combater a pressão social e os padrões irreais de beleza.

Além disso, é importante romper com os estereótipos negativos associados ao plus size. A beleza não está limitada a um único padrão, e a diversidade de corpos deve ser celebrada. A representação de modelos plus size na mídia, nas campanhas publicitárias e nas passarelas ajuda a desafiar esses estereótipos e a criar uma sociedade mais inclusiva.

O movimento body positive

Também chamado de body positivity, o termo body positive (corpo positivo ou positividade do corpo) é um movimento que clama pela aceitação do corpo sem a necessidade de que ele se enquadre em um padrão. Não importa a cor da pele ou se seu corpo é gordo ou magro, com ou sem celulite, com ou sem estrias, com alguma necessidade especial ou cicatriz. Este movimento fortalece a importância de aceitar o seu corpo como ele é.

Apesar deste movimento hoje já ter muita expressividade, especialmente nas redes sociais, ele não surgiu agora. Foi em 1967 com Steve Post, um locutor nova-iorquino, que realizou uma ação no Central Park para protestar contra a discriminação que as pessoas gordas sofriam, à época chamado de Fat-in.

Este evento reuniu cerca de 500 pessoas que queimaram livros de dietas e fotos da modelo Twiggy (responsável por estabelecer o padrão de beleza magro).

No mesmo ano, Lew Louderback escreveu o artigo “Mais pessoas deveriam ser gordas” para a revista norte-americana “Saturday Evening Post”. A publicação foi uma resposta à discriminação que sua esposa havia enfrentado devido sua aparência física. Esse artigo por sua vez inspirou a criação, em 1969, da Associação Nacional para Aceitação Avançada de Gordura (National Association to Advance Fat Acceptance), para melhorar a qualidade de vida de pessoas obesas.

Nos anos seguintes, várias iniciativas foram desenvolvidas contra atos discriminatórios relacionados à aparência e em prol do body positive. Uma delas foi a criação da organização sem fins lucrativos The Body Positive, em 1996, na Califórnia. Ela oferecia treinamentos às meninas do ensino médio sobre amar seus próprios corpos. Na sequencia, foram criados cursos relacionados ao tema para universitários e profissionais da saúde.

O movimento plus size é uma expressão poderosa da busca pela inclusão e pela aceitação de todos os tipos de corpos. Ele desafia os estereótipos de beleza e promove a autoaceitação. Embora ainda haja obstáculos a superar, é fundamental que continuemos avançando em direção a uma sociedade em que todas as pessoas se sintam representadas, respeitadas e valorizadas, independentemente do tamanho do seu corpo. O plus size é uma afirmação de que todas as pessoas são bonitas e merecem ser vistas.

Toda esta movimentação chegou no Brasil com força total. Ainda bem! Pois a diversidade é o normal, a heterogeneidade é a nossa grande riqueza. Viva o belo, seja ele como for! O importante é se sentir bem, feliz e incluída.

Nesse contexto foi criada a Audaz.

A ditadura do padrão nunca vai extinguir a coragem de ser livre.
E quanto mais as pessoas “normais” insistirem que não há lugar para as desajustadas, mais as desajustadas vão virar esse mundo do avesso.
Em um mundo assim, dá orgulho ser fora do padrão.
Um orgulho plus size.